Polícia

Seap faz operação para transferir presos de Niterói para Bangu

O Instituto Penal Edgard Costa tem capacidade de lotação de 383 detentos. Foto: Google Street View/Reprodução

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) realizou na manhã desta sexta-feira (24) uma operação de transferência de detentos de Niterói para unidades na Zona Norte do Rio de Janeiro. Os detentos do Instituto Penal Edgard Costa, no Centro de Niterói, foram levados ao Complexo de Gericinó, em Bangu.

Por volta das 6h, a rua São João foi temporariamente interditada para a operação, que contou com apoio do 12º Batalhão de Polícia Militar, de Niterói. Segundo a Niterói Trânsito e Transportes (NitTrans), a operação foi concluída antes das 7h e a via foi liberada.

A transferência visa atender uma recomendação da Corte Internacional de Direitos Humanos. Além de Niterói, cerca de 2,4 mil internos foram movimentados de quatro unidades prisionais do Estado, com o objetivo de abrir uma unidade de regime semiaberto para encarcerados que declaram não pertencer a nenhuma facção criminosa.

Internos de Niterói não foram os únicos transferidos. A Seap não informou as outras unidades com movimentação. Foto: Seap/Divulgação

A operação contou com 400 inspetores penitenciários, envolvendo servidores da Subsecretaria de Gestão Operacional, do Serviço de Operações Especiais (SOE), das Coordenações de área, da Corregedoria e Superintendência de Inteligência (Sispen).

Segundo o secretário de Estado de Administração Penitenciária, Alexandre Azevedo, a ação é de grande importância para oferecer um melhor atendimento aos presos.

"Esta operação de grandes proporções é muito significativa, pois além do Estado atender a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, também otimiza o atendimento nas unidades prisionais do Rio, oferecendo melhores condições de trabalho aos servidores e mais dignidade aos presos" avaliou o secretário.

Celulares apreendidos

Durante as transferências, foram apreendidos 39 celulares. Foto: Seap/Divulgação

Durante a movimentação, que segue em andamento, foram apreendidos 39 celulares dentro das unidades. Desde o início do ano, a operação “Asfixia” realizada pelos próprios inspetores penitenciários, já apreendeu até o momento, 4.880 celulares.

Além da operação contra a circulação de celulares, a Seap também implantou, desde o início do ano, duas ações importantes: a operação “Iscariotes”, que flagrou nove inspetores penitenciários tentando entrar com objetos ilícitos nas cadeias. Todos os casos estão sendo apurados pela corregedoria e podem ter a pena máxima de demissão. Já a operação “Bloqueio”, tem como objetivo impedir que visitantes de presos burlem as regras de segurança, prendeu 16 visitas tentando entrar com drogas e celulares em cadeias.

No mesmo período do ano passado, nenhum servidor foi flagrado tentando entrar com qualquer tipo de material ilícito nas unidades. Isso mostra o empenho da atual gestão em combater este tipo de crime, “cortando na própria carne”, se for preciso.

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